ESG fund performance and the coronavirus pandemic: an analysis of the United States, Italy, and Brazil

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a relação entre os escores Ambiental, Social e Governança (ESG) e o desempenho dos fundos antes e durante a pandemia de COVID-19 na Itália, no Brasil e nos Estados Unidos. A literatura sobre sustentabilidade e desempenho de investimentos nos mercados de ações apresenta resultados mistos, com alguns estudos mostrando um melhor desempenho para investimentos responsáveis e outros mostrando um desempenho pior devido, por exemplo, à menor diversificação. No entanto, alguns estudos mostram que investimentos sustentáveis são mais resilientes durante momentos de incerteza econômica, o que poderia ter tornado os fundos ESG um investimento mais seguro durante a pandemia de COVID-19. Analisando um total de 3052 fundos dos Estados Unidos, 32 da Itália e 2073 do Brasil no período de abril de 2013 a abril de 2023 e considerando quatro medidas diferentes de desempenho: (i) retornos totais em excesso à taxa livre de risco, (ii) Índice de Sharpe, (iii) retornos ajustados ao risco de acordo com o Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM) e (iv) retornos ajustados ao risco de acordo com o Modelo de Quatro Fatores, investigamos como os escores ESG estão relacionadas ao desempenho dos fundos antes e durante a pandemia. Para os fundos italianos, nem os escores ESG nem o período da pandemia estão relacionados ao desempenho. Para os fundos brasileiros, considerando os retornos ajustados ao risco, embora não seja observado um desempenho significativo para diferentes níveis de ESG nem durante a pandemia em geral, os fundos com escores ESG mais altos tiveram um melhor desempenho no período da pandemia. Para os Estados Unidos, embora os fundos com escores ESG mais altos tenham apresentado um desempenho geralmente inferior, eles foram mais resilientes durante a pandemia, com um desempenho melhor (ou menos ruim).